O Governo angolano recentemente revisou suas projeções macroeconômicas para o ano de 2024, respondendo às oscilações no setor petrolífero que impactam significativamente a economia do país. As mudanças refletem uma estratégia para fortalecer outros setores e impulsionar o crescimento não petrolífero.
Na terça-feira, o Governo angolano aprovou a Programação Macroexecutiva (PME) para 2024, liderada pelo Primeiro-Ministro João Lourenço, projetando um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3%, superando a estimativa inicial de 2,47%. Essa iniciativa ocorre em meio a uma queda de 3,22% no setor petrolífero.
A PME 2024 antecipa um crescimento robusto do setor não petrolífero em 5,31%, comparado aos 4,62% previstos no Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2023. O foco do documento é avaliar o desempenho das variáveis macroeconômicas em 2023 e projetar as expectativas para 2024.
Para o atual exercício econômico, prevê-se um saldo fiscal superavitário de 1,82% do PIB, uma revisão positiva em relação ao saldo fiscal de 0,02% do PIB estimado no OGE 2024. Além disso, antecipa-se um aumento das reservas internacionais, estimadas em 14,93 mil milhões de dólares no final do período, impulsionado pelo crescimento da base monetária. A Comissão Econômica do Conselho de Ministros também aprovou o Plano Estratégico do Fundo Soberano de Angola 2024-2028, delineando as abordagens para investimento e gestão, além do Plano Anual de Atividades da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, junto com seu respectivo orçamento para o ano.
A revisão das projeções macroeconômicas de Angola para 2024 reflete uma resposta proativa às flutuações do mercado petrolífero, buscando diversificar e fortalecer a economia do país. As medidas adotadas visam impulsionar setores não dependentes de petróleo e promover um crescimento econômico mais estável e sustentável.
